GAMBIARRA EDUCACIONAL
Caetano já gostava de dizer:
gosto de sentir a minha língua
roçar a língua de Luis de Camões
Também gosto de fazer diferença entre ser e estar.
O idioma que o governo metropolitano português nos obrigou a falar a partir de fins do século XVIII é muito rico e expressivo.
Por isto temos uma palavra muito adequada para descrever o que muitas instituições de ensino partiram para fazer praticamente no dia seguinte após a suspensão das aulas: GAMBIARRA.
A expressão “ensino remoto” parece ter emplacado, mas ela não identifica tão claramente a natureza disto que eu prefiro chamar de GAMBIARRA EDUCACIONAL.
Apareceu uma situação imprevista e foi preciso improvisar para continuar a trabalhar com os alunos em casa. A gambiarra foi a saída que apareceu, a solução imediata possível, foi o que deu pra arranjar com o que se tinha à mão naquele primeiro momento.
E seguimos em frente porque não dá pra parar agora.
Portanto, isto tem que estar muito claro pra todos: não vai dar pra ficar na gambiarra. Quando finalmente o ano letivo terminar vai ser preciso planejar e organizar coisa muito mais consequente, mais refletida, mais seriamente pensada. Vamos ter tempo para isto. Não precisaremos, e sobretudo nao deveremos empacar na gambiarra educacional.
E que bom que o primeiro curso online de que se tem notícia na história foi oferecido em 1981! Isto fez com que este campo tivesse quase 40 anos para experimentar, testar, descobrir o que funciona e o que não dá certo e a gente não precisa — e sobretudo não deve — repetir erros do passado ou fazer coisas que já faz tempo se descobriu que não são as melhores opções. Como por exemplo 4 a 5h seguidas de videoconferência multiponto para crianças e adolescentes…
O idioma que usamos é muito rico. E assim também é a longa História da Educação Online.
Que tal procurar conhecê-la?
Que tal buscar aprender com ela?
Que tal se inspirar nas melhores práticas consolidadas ao longo de décadas dessa história?
Aqueles que não conhecem a história estão fadados a repeti-la.
E acrescento eu: repeti-la em seus piores momentos…
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